ORIGENS, IDENTIDADE E DESTINO DA HUMANIDADE À LUZ DE UMA NOVA INTERPRETAÇÃO
As origens do homem moderno são assim tão recentes? A teoria da evolução é assim tão cientificamente documentada e inatacável? Uma interpretação arqueológica recente de dois investigadores demonstra o contrário. Ao longo dos últimos dois séculos investigadores descobriram ossos e artefactos indicando que seres como nós existiram na Terra há milhões de anos e não há 100 mil como acreditamos. Mas a ciência convencional parece ter eliminado, ignorado ou esquecido esses factos notáveis.
Este livro traz à tona descobertas que contrariam a crença dominante sobre a antiguidade e a evolução do Homem.
Reunindo um número significativo de factos convincentes iluminados com a sua análise crítica, Cremo e Thompson desafiam-nos a repensar a nossa compreensão sobre as origens, a identidade e o destino da humanidade.
Marcador Editora, setembro de 2019
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MNT
Introdução e Agradecimentos...
Em 1979, pesquisadores do sítio de Laetoli, Tanzânia, na África oriental, descobriram pegadas em depósitos de cinzas vulcânicas com mais de 3,6 milhões de anos. Mary Leakey e outros disseram que as impressões não se distinguiam daquelas deixadas por seres humanos modernos. Para esses cientistas, porém, isso significava apenas que os ancestrais humanos de 3,6 milhões de anos atrás tinham pés marcantemente modernos. Segundo outros estudiosos, como o antropólogo R. H. Tuttle, da Universidade de Chicago, ossos fósseis dos pés de australopitecos conhecidos de 3,6 milhões de anos atrás mostram que eles tinham pés nitidamente simiescos. Logo, não eram compatíveis com as pegadas de Laetoli. Em um artigo publicado na edição de março de 1990 da Natural History, Tuttle confessou que “estamos diante de um mistério”. Portanto, parece lícito considerar uma possibilidade que nem Tuttle nem Leakey mencionaram - a de que criaturas com corpos humanos anatomicamente modernos, coerentes com seus pés humanos anatomicamente modernos, tenham existido há 3,6 milhões de anos na África oriental. Talvez tenham coexistido com criaturas mais próximas do macaco. Por mais intrigante que seja essa possibilidade arqueológica, as atuais ideias sobre a evolução humana vetam-na. Porém, entre 1984 e 1992, Richard Thompson e eu, com a ajuda de nosso pesquisador Stephen Bernath, reunimos um amplo conjunto de evidências que questionam as atuais teorias da evolução humana. Algumas dessas evidências, como as pegadas de Laetoli, são bem recentes. Mas a maioria delas foi relatada por cientistas no século XIX e no início do século XX. Mesmo sem ver esse conjunto mais antigo de evidências, alguns vão presumir que deve haver algo de errado com elas - que os cientistas devem tê-las descartado há muito tempo por um bom motivo. Richard e eu analisamos a fundo essa possibilidade. Concluímos, no entanto, que a qualidade dessas evidências controvertidas não é nem melhor, nem pior do que as evidências supostamente incontroversas geralmente citadas a favor das atuais correntes sobre a evolução humana.
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pegadas de Laetoli
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