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Mensagens

JAMES JOYCE - RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM

A Portrait of the Artist as a Young Man " Fechou os olhos, abandonando-se a ela, de corpo e alma, sem consciência de outra coisa que não fosse a pressão tenebrosa dos seus lábios que se entreabriam suavemente. A sua pressão exercia-se tanto sobre o seu cérebro como sobre os seus lábios, como se fossem o veículo de um vago discurso; e, entre eles, sentiu uma pressão desconhecida e tímida, mais tenebrosa que o enlanguescimento do pecado, mais suave do que um som ou um perfume."   público - fevereiro de 2003 Todos os humores, desejos, idiossincrasias de um jovem génio da literatura se congregam neste romance amplamente autobiográfico, fervilhando no magma de uma escrita violenta e refinada, que ora se envolve em longas espirais meditativas sobre si mesma, ora corre à desfilada no compasso sempre brilhante de um diálogo que não desdenha o "baixo" e o trivial, dando quase sempre maior evidência aos imprevistos pontos "altos" de que se compõe. Par

EARL CONEE e THEODORE SIDER - ENIGMAS DA EXISTÊNCIA

O que é o tempo? Serei realmente livre de agir? O que faz de mim a mesma pessoa que era em criança? Porque há algo em vez de nada? Será que sou realmente livre, ou tudo está determinado desde antes do meu nascimento? Se alguma vez deu consigo a fazer algumas destas perguntas, este livro é para si. Tratando ainda da existência de Deus e da constituição última da realidade, eis um guia para quem gosta de raciocinar cuidadosamente sobre estes e outros temas - incluindo o problema de saber o que é afinal a própria metafísica. editorial bizâncio - lisboa 2010  Enigmas da Existência torna a metafísica genuinamente acessível e até divertida. O seu estilo vívido e informal dá fulgor aos enigmas e mostra como pode ser estimulante pensar sobre eles. Não se exige qualquer formação filosófica prévia para desfrutar deste livro : qualquer pessoa que queira pensar sobre as questões mais profundas da vida considerará esta obra, um livro provocador e aprazível.

SALMAN RUSHDIE - OS VERSÍCULOS SATÂNICOS

Na madrugada de uma manhã de inverno, um avião explode a grande altitude sobre o canal da mancha. No meio dos restos de corpos, dos destroços dos carros de bebidas, de cobertores e máscaras de oxigénio, duas pessoas precipitam-se sem pára-quedas em direcção ao mar. Agarrados um ao outro durante a sua longa queda, entoam canções rivais até abrandarem  a velocidade de descida, flutuando com leveza antes de atingirem a superfície das águas, sobre a qual caminham depois, para finalmente serem descobertos numa praia inglesa, vivos. Gibreel e Saladin foram escolhidos (por quem?) para protagonizaram a eterna luta entre o bem e o mal. Na grande roda deste livro, em que o passado e o futuro se perseguem furiosamente, Salman Rushdie arrasta os leitores ao longo de uma jornada épica, feita de risos e de lágrimas, de histórias maravilhosas e espantosos rasgos de imaginação, de uma jornada para o mal e para o bem que habitam juntos no coração de cada mulher e de cada homem.   publicações dom

JOHN STEINBECK - A UM DEUS DESCONHECIDO

To a God Unknown Ao dar cumprimento àquele que sempre fora um dos grandes desejos do pai, criar uma quinta próspera na Califórnia, Joseph Wayne acaba por vir a acreditar que uma das mais belas árvores dessa quinta incorporou o espírito do seu progenitor. Os irmãos e respectivas famílias, que foram viver com ele, beneficiam dos êxitos e da prosperidade de Joseph, e a quinta vai-se de facto desenvolvendo - até um dos irmãos, assustado pelas suas crenças pagãs, decidir cortar a árvore, o que faz com que a doença e a fome se abatam de súbito sobre todos eles.  A um Deus Desconhecido (1933) é um romance quase místico, que tem por tema central o modo como os homens tentam controlar as forças da natureza, e ao mesmo tempo compreender a sua relação com Deus e com o inconsciente. As antigas crenças pagãs, as grandes epopeias gregas e os relatos da Bíblia servem de base a este romance extraordinário, que Steinbeck demorou cinco longos anos a escrever.   editora livros do brasil - ma

ROBERTO BOLAÑO - O TERCEIRO REICH

Há personagens peculiares e um sem-fim de referências literárias - que darão muito gozo ao leitor. A saber: Udo Berger, que sempre quis ser um grande escritor, mas que tem de se conformar em ser o campeão de jogos de guerra e estratégia de Estugarda, vai para o Hotel del Mar, na Costa Brava catalã, com a sua nova namorada, Ingeborg. O Objectivo é treinar-se para participar num novo jogo de estratégia, justamente o Terceiro Reich , e preparar-se para ganhar um torneio internacional. Eles compartilham as férias com um outro casal alemão, Charlie e Hanna, até que o primeiro destes desaparece misteriosamente depois de se cruzar com dois sinistros personagens que também levantam suspeitas nas autoridades locais: O Lobo e O Cordeiro. Entretanto, Udo Berger é perseguido por um detective estranho e sombrio e, acaba por entrar em delírio com a «paisagem surreal da Costa Brava». Tudo isto acontece quando participa num jogo de vida ou morte com um personagem enigmático e de rosto desfigurado, O

FRANZ KAFKA - O CASTELO

Juntamente com   O Processo e América , O Castelo forma, na obra de Kafka, aquilo a que Max Brod chamava a «trilogia da solidão». Estes três romances marcam também os mais altos momentos da criação Kafkiana.  Herman Hesse considerava O Castelo , o mais misterioso e o mais belo dos grandes romances de Kafka. Toda a acção gira à volta dum misterioso indivíduo, K . de seu nome, que chega a uma aldeia contratado pelo Castelo de que esta depende, para nela exercer a sua profissão de agrimensor, e dos seus desesperados esforços para entrar em contacto com o tal Castelo. Como nas outras obras de Kafka, a acção narrada é talvez o menos importante, pois toda ela adquire, na sua aparente banalidade, um sentido transcendente e mítico em que toda a realidade mais simboliza do que é. Assim o verdadeiro protagonista do romance acaba por ser o homem contemporâneo, a braços com a odisseia da existência num mundo cruel que o esmaga.        publicações europa-américa - setembro de 2002

CHARLES FORT - O LIVRO DOS DANADOS

Verdadeiro caos de factos insólitos Onde está precisamente o real? As múltiplas interpretações que um mesmo facto pode gerar, causando desvios surpreendentes entre o possível e aquilo que aceitamos como verdadeira realidade. Charles Fort foi o primeiro escritor que encarou o fantástico e o real em termos de uma continuidade. À sua escola filiam-se Bergier e Pauwels, os autores de o Despertar dos Mágicos. Fort, o apóstolo do excepcional e o sacerdote do absurdo, vem influenciando com o seu trabalho os escritores do realismo fantástico que um peso tão considerável têm exercido contra o dogmatismo cego que sempre se pretende revolucionário. Este inimigo do dogma, através de dados pacientemente colectados das principais fontes de divulgação científica, mostra os conformismos a que se submetem os conciliadores, aqueles que não sabem ou não podem perceber que uma teoria deixa de ser consistente quando não consegue aceitar a maior parte dos factos que a experiência vem a demon